terça-feira, 8 de junho de 2010

EU

EU

Céu, mar e terra.
Homem e guerra.
Que sem saber porque berra.
E o seu corpo. Na terra enterra.
A outro tempo, que será um instante.
Do pulsar constante.
Ao espaço que sempre se vai aproximando.
E na expansão do tempo formando.
Na física da cósmica prevalência.
Que entre gelo e fogo vai criando a sua valência.
Neste todo de vidas transitórias.
E migratórias.
Na corporal dissolução a nova construção.
E permanente organização.
Na valência do caudal de corrente interminável.
Que da morte e do nascer de forma admirável.
Se vai expandindo pelo universo ininterruptamente.
No tempo, que forma sempre um espaço expectante.
Às reminiscências.
Das passadas existências.
Sobrevivências dos gelos que se liquidificam.
Em águas que novos rumos purificam.
E pelo caminho do tempo, muitos fogos vão apagando.
E novos paraísos edificando.
Neste todo de astrais flutuações.
E concepções.
E muitas ilusões.
Entre constantes explosões.
Criadas pela revolução.
Da universal evolução.
Celestiais sinfonias audíveis.
E visíveis.
Possível admoestação
A quem ruma sem universal contemplação.
Sol, nuvens e vento.
Sempre em movimento.
Neste todo em crescimento.
Que deu ao meu Eu. A existência.
Sem a dadiva da transparência.
Do porquê do meu nascimento?
Ao todo do universal envolvimento?
Brotar distante ao saber da procedência.
Mas sempre em universal dependência.
Eu, a crescer embalado por suposições.
Eu, amedrontado com superstições.
Entre a luz e a sombra.
Mas sem nunca atravessar a penumbra.
Que ilumina-se o meu Eu, num raiar de claridade.
No saber de alguma universal verdade.
Eu, sem domínio de nenhum elemento.
Que o alargue pelos confins do estrelado firmamento.
Adquirindo universal sentimento.
Em votivos pensamentos.
De universal concordância.
No todo de indizível cadência.
Que vai permitindo a formação
De mundos e formas dadas a mais criação.
Na plausibilidade
Da cósmica mobilidade e maternidade.
Premissa, que vai gerando a fertilidade.
Consoante o tempo se vai abrindo no espaço da idade.
E a idade, se vai espargindo.
Pelo todo que o tempo vai atingindo.
Deixando as matérias fosseis de outros tempos decorridos.
Por espaços percorridos.
A mostrar alguns geológicos períodos, de passados patamares.
Abertos na força de tormentosos mares.
E purificantes fogos incandescentes.
Que vão queimando gases remanescentes.
Mistério indefinido e indiscritível.
Na lucidez do meu Eu, temível. Mas apetecível.
E à consciência do meu Eu, de inatingível interpretação.
Na força da consequente universal obliteração.
Dos universais canais aos grilhões temporais.
E nas formas corporais.
Que não comportam ainda as inimagináveis instituições.
Às universais consciencializações.
Entre as portas dos vazios espaços das premonições.
Que em universal sugestionabilidade.
Conferem a disponibilidade.
De cada Eu, se ir dissolvendo.
E libertando.
Da terrena personalidade.
E entrar na forma da universalidade.
Sem a necessidade de veículos caóticos.
Que sem canais práticos.
Só nos elevam no espaço da nossa habitabilidade.
E física velocidade.
E assim, vamos ficando enclausurados.
No ainda irresoluto dos nossos pecados.
Negados à vitória de distâncias.
À entrega das chaves das universais concordâncias.
Neste todo de meditação
Que me dá alguma premonição da universal formação.
Resto Eu, em pedra sentado, a olhar o mar ondulado.
E o Céu estrelado.
Que ao todo vai cintilando.
E o seu espaço iluminando.
Enquanto vou largando as terrenas trivialidades.
E me acerco das universais realidades.
Mas pouco me elevo, para além do meu patamar.
Das correntes do meu mar.
Sem atingir o todo da universal musicalidade.
Da leveza da espiritualidade.
Por mais que o meu Eu, seja implorativo.
Ainda resto do pecado cativo.
Do castigo indubitável.
Que cada Eu, ainda de forma inegável.
Conserva das reminiscências de anterior paraíso.
Como secular aviso.
Às tentações dos falsos endeusamentos.
Desvirtuados das impulsões dos universais ensinamentos.
Às petulâncias e ganâncias desmesuradas.
Por rotas de falsas encruzilhadas.
Aos lúbricos excessos.
E mais manifestos devassos.
Eu, premonitório.
De eu todo mais meritório.
Na continuidade da evolucional expansibilidade
Do universo e da Alma da humanidade.
Eduardo Dinis Henriques













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