O meu Eu, ao todo envolvido.
Continua o universalmente vivido.
Neste corpo de Eus, universalmente conseguido.
Mas sempre, pelo tempo perseguido.
Sigo com o tempo concorrendo.
Enquanto a vida vou perdendo.
Neste andar de tempo infindo.
Que sem meta vou medindo.
No muito do tempo que há para viver.
E com o todo conviver.
Eu, entregue a este pouco tempo de vida.
Que nesta forma me é servida.
A partir da minha entrada.
Nesta terrena morada?
De Eus, paraíso e cemitério?
Em corpo de universal mistério.
Eu, a fazer vida neste todo perdido.
Caminho ao meu todo decidido.
Por entre as cósmicas neblinas.
Que, com o tempo, vão-se abrindo como universais cortinas.
Mas deixando o meu Eu, sempre na antecâmara da verdade.
A divagar com a realidade.
Da do meu Eu, existência e finalidade?
Ao todo da universalidade.
Eu pensador?
De corpo e espiritualidade ao criador?
Indago os Céus.
Envolto em cristalinos véus.
À procura do Deus.
Criador de todos os Eus?
E maravilhado com o estrelado.
Como se o meu Eu, fosse um ser alado.
Cruzo todos os horizontes.
De mares e montes.
Em celestial levitação.
Muito para além da mais fértil imaginação.
Mas mesmo assim, livremente voando.
E do alto, olhando o mundo, que se vai formando.
O tempo, não consigo vencer.
Por mais elástico que seja o meu querer compreender.
E pelo todo empreender.
O meu Eu, ainda vive o terreno temporário pertencer.
A sugar os pecados do terreno umbilical cordão.
E agarrado aos medos do inferno a orar por universal perdão.
Eduardo Dinis Henriques
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