quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

EU



Na predestinação?
Desta universal criação.
Quantos Eus?
Olhão os Céus?
Por entre estes mundos meus e teus.
Mas de um só Deus!
Ao bem de melhor sorte.
Entre vida e morte.
Tempo espaço e idade.
Ao todo da universalidade.
E quantas vezes? Estes? Ou outros Eus?
Passaram por estes espaços dos mesmos Céus?
Mais azuis? Ou mais cinzentos?
Mais calmos? Ou mais truculentos?
A viverem as planetárias perturbações.
Derivadas de cósmicas movimentações.
Ou de outras motivações?
Assim, como turbulentas humanas agitações.
De sanguinárias sociais deflagrações.
Motivadas por humanas tendências.
Ou pessoais conveniências.
A urdirem apocalípticos fanatismos.
Fomentadores de planetários separatismos.
Como se os Céus, não tivessem uno movimento.
Ao todo do Endeusado firmamento.
Que em seu concretizar nos vai dando a luminosidade.
Assim como a obscuridade.
No continuar da eternidade.
Neste todo de vazios intangíveis.
Mas com o todo compatíveis.
A interligar-se por todos os Eus.
De todos os Céus.
Num todo de energias indissolúveis.
Que se movimentam por vazios continuáveis.
De espaços a muitos Eus, ainda herméticos.
Nos muitos mundos ainda repletos de cépticos.
Mas de Eus, carregados de amuletos.
E de um sem fim de objectos obsoletos.
Esgrimidos como armas às suas fraquezas.
Nos carpidos das suas pobrezas.
Num sem fim de superstições.
Feiticismos e maldições.
E de corpos armados a falsas pregações.
Num todo de não sentidas orações.
Por tantos Eus oradas.
E num vazio de Fé e bondade evocadas.
Por falta de coração.
A sentida e verdadeira oração.
Neste todo de Eus, a usurparem-se uns aos outros.
Como se ainda habitassem o vazio dos monstros.
Em corpos sem sangue à universalidade.
Num espaço vazio de humana solidariedade.
Neste pequeno todo repleto de vida.
Por tantos sofrida.
Porque sem humana interacção ainda circula.
No espaço do seu vazio de universal mácula.
Eduardo Dinis Henriques














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