sábado, 22 de maio de 2010

EU!

                                                                        
A vida é um rio com diversos braços.
Limpídos, turvos..
Outros extensos com praias murmurosas.
De verdes e tenras alegrias.
Terra de flores marginando o leito.
De águas claras e mansas
E por enchentes de aflições deslizam
As águas que vão ter no coração.
Vazantes de ilusões e esperança.
Deserto de solidões estranhas
Rugindo encachoeirado, pelas matas,
Salta penhascos e cascatas..
Dasagua, a espumar no íntimo d'alma.
OH! meu eu..pudera no meu verso,
Desfiar o rosario do meu pranto
Regar os campos mais risonhos.
Mas ai!! não cessa o soluçar das águas.
Desliza a fonte murmurar sonora.
Confunde-me a transparencia e a suavidade.
Pelas curvas desse rio,.o curso da saudade.
E a tristeza risonha da ternura...

Um comentário:

  1. Já não era sem tempo . Depois de tantas tentativas, lá consegui entrar. Como sempre, são lindos os seus escritos. O meu obrigado por ter escolhido uma foto de um trabalho de minha autoria.
    Os meus cumprimentos

    EU
    Neste mar de vida.
    Que a mais ser convida.
    Enquanto comigo converso.
    A todo este oceânico universo.
    Verto as minhas lagrimas e faço o meu verso.
    No silencio da meditação.
    Que me faz navegar em exaltação.
    Para além da mais distante constelação.
    Largo o ferro na posição do argênteo cerúleo.
    E seguro na beleza deste todo hercúleo.
    Sinto o meu Eu, com o todo interligado.
    Deslumbrado, em agradecimento, canto o meu obrigado.
    E na paz, desta comunhão de infinda memória.
    Abre-se aos meus sentidos a universal história.
    Por todas as épocas do tempo devido.
    No espaço do tempo, que ao meu eu, foi vivido.
    Nada mais, para além do atingido merecimento.
    No caminhar do passado movimento.
    No todo, do tempo, que me deu este envolvimento.
    Sobre o futuro, só véus e perspectivas.
    A cerca do principio, um sem fim de estimativas.
    Assim, no meio de tantas teorias e provisões.
    Sem conseguir mais distantes visões.
    Nem alcançar mais poder cognitivo.
    Estagno neste marco negativo.
    Que me fecha a fronteira
    Da universal esteira.
    Mas a minha mente, pelo todo, lançada indaga.
    A origem negada.
    O meu Eu!
    Quem mo Deu?
    Neste todo oceânico.
    Suave e titânico.
    Nesta nascente de correntes.
    Que atira com uma parte das suas gentes.
    À mais tenebrosa escuridão.
    E a faz andar à deriva em total solidão.
    Enquanto que a outra, da mesma oceânica fonte.
    Que até ao mar desliza pelo monte.
    Parece brotar sempre em alegre enchente.
    Feliz e contente.
    Meu Eu! Que já navegaste o doce rio e o mar salgado.
    Numas mares contente. E noutras amargurado.
    E por todas as águas do universo foste espargido.
    Com alegria e sofrimento atingido.
    Mas sempre, com mão firme, suportas-te as tormentas.
    E as mais tempestuosas afrontas.
    Nesta barca da existência.
    Continuas na corrente da existencial permanência.
    No tempo que o espaço vai conquistando.
    E ao todo com mais igualdade abrangendo.
    Até ao dia, que meditaras muito para além das estrelas.
    Que navegam pelos éteres em suas incandescentes velas
    A iluminarem as rotas de todas as existências.
    E universais vivências.
    Eduardo Dinis Henriques

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